O Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (15), revela que o mercado financeiro reduziu a previsão da inflação de 2024 – aferida por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – de 3,90% para 3,87%. No acumulado de 2023, o índice oficial de inflação do país fechou em 4,62%, confirmando uma tendência de queda que vem desde o início da recuperação pós-pandemia, ainda em 2022.
Publicado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que está hoje em 11,75% ao ano, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e com tendência de queda de 0,5 ponto na próxima reunião.
Entenda melhor…
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Segundo o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar de 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que caia para 8,5% ao ano, se tudo correr bem.
Dólar
O Boletim Focus também prevê queda na cotação do dólar. A expectativa é fechar 2024 em R$ 4,95. Para 2025, em R$ 5,00. E, para 2026, em R$ 5,06, considerando que será um ano eleitoral.
PIB 2024
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o Boletim Focus manteve, para 2024, a previsão de crescimento de 1,59%.
Fonte: Banco Central.
Foto: EBC Brasil.