Vendas do Comércio de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 6,54% em 2024

Empregabilidade no Setor Lojista teve pequena queda de -0,44% e o Índice de Confiança do Varejo SINCOVARP/CDL RP fechou o ano com média de 3,2 pontos, tanto na expectativa de curto prazo quanto na de longo prazo

As vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 6,54%, no acumulado de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023 quando a variação positiva foi de apenas 0,72% em relação ao ano anterior. É o que aponta levantamento de SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), por meio do CPV (Centro de Pesquisas do Varejo).

Trimestres
No primeiro trimestre de 2024, o desempenho de vendas foi positivo, porém, decrescente no Comércio de Ribeirão Preto: janeiro (+7,3%), fevereiro (+3,1%) e março (+1,5%). Tal resultado se deveu principalmente à queima de estoques de Natal, compra de materiais escolares, férias, carnaval e à Semana do Consumidor.

No segundo trimestre, o viés de queda se confirmou. Vieram as primeiras variações negativas do ano: abril (-2%), maio (-3,5%) e junho (-1%). “O consumidor ribeirão-pretano, que já tinha gastado um pouco mais no primeiro trimestre, ficou cauteloso nos meses seguintes. Agrishow, Dia das Mães e Dia dos Namorados, não foram suficientes para evitar o recuo. Nesse mesmo período, o cenário macroeconômico começou se complicou e os impactos dos corredores de ônibus (e suas obras de implantação), se agravaram junto ao Setor Lojista. Atingiram importantes eixos varejistas da cidade como o Centro, Av. Dom Pedro I, Av. Saudade e Av. Nove de Julho, entre outros”, explica Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.

Diego Galli ALberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.

No terceiro trimestre, férias escolares, Dia dos Pais e Semana do Cliente, trouxeram pequeno fôlego: julho (+1,5%), agosto (+0,5%) e setembro (+0,5%). Ainda assim, as severas restrições de estacionamento e transtornos gerados pelo Programa Ribeirão Mobilidade continuaram impactando.

Já no quarto trimestre, o consumidor voltou a ‘pisar no freio’ até chegar no período de Natal: outubro (-3%), novembro (-1,5%) e dezembro (+4%). Economizou no Dia da Criança, comprou menos na Black Friday e deixou para investir um pouco mais nas compras natalinas. O pico de vendas foi entre os dias 20 e 24/12, com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário. “Mesmo com o crescimento da inflação (IPCA 2024: +4,83%), da taxa de juros (2024: 12,25% a.a.) e do dólar (cotado na casa de R$ 6,00), dezembro foi aquecido e isso contribuiu decisivamente para o resultado positivo no acumulado de 2024”, diz o pesquisador.

Empregabilidade
No ano que passou, a variação entre vagas abertas e fechadas no Comércio Varejista ribeirão-pretano ficou levemente negativa em -0,44%, na comparação com 2023. “Muitos lojistas reduziram os quadros de colaboradores para enfrentar a queda de movimento, vendas e de faturamento nos eixos varejistas impactados pelo Ribeirão Mobilidade. E a maioria dos empreendedores evitou novas contratações. Só as fizeram quando realmente foi necessário”, afirma Galli.

Índice de Confiança
Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL RP de curto prazo (considerando os três meses seguintes) registrou média de 3,2 pontos, em 2024, classificado como de regular à positivo. Repetiu 2023.

O índice de longo prazo (considerando os 12 meses seguintes), também registrou média de 3,2 pontos, também classificado como de regular à positivo. No entanto, ficou abaixo do patamar de 2023 quando a média, nessa categoria, foi de 3,5 pontos.

Análise e projeções
“Olhando para o todo, o ano de 2024 foi melhor que 2023 em termos de vendas no Comércio Varejista de Ribeirão Preto e o fato da cidade ser um polo regional de consumo ajudou muito. Mas, quando observamos os detalhes, foi um ano muito difícil! Ainda mais para os estabelecimentos prejudicados pelos corredores de ônibus e as obras. A maioria perdeu clientes que mudaram hábitos de compra e evitaram ir a esses locais. Agora terão o grande desafio de recuperar esses consumidores. Resumindo: o ano que passou foi um grande jogo de futebol no campo do adversário, vencido com um gol suado, aos 49 minutos do segundo tempo, em um gramado esburacado e com o árbitro ajudando o time da casa”, finaliza Diego Galli Alberto.

Pontos de atenção em 2025
Cenário internacional: governo Donald Trump, nos Estados Unidos; cumprimento do ‘cessar-fogo’ entre governo de Israel e grupo terrorista Hamas; evolução da guerra Ucrânia x Rússia; mercado internacional do petróleo; tendência de desaceleração da economia global; mudanças promovidas nas Big Techs; segurança global de dados; e o cenário político-econômico na América Latina, especialmente a recuperação vertiginosa da economia argentina e a possível queda do regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.

Cenário nacional: impactos, no Brasil, dos cenários econômico e geopolítico globais; o alto índice de defasagem dos preços da gasolina e do diesel, perante o mercado internacional do petróleo, além dos preços dos combustíveis; turbulências do cenário político brasileiro; comportamento do STF; impactos da Reforma Tributária; comportamentos do dólar, taxa de juros e da inflação; recuperação dos grandes varejistas; índices de endividamento e inadimplência dos brasileiros; custo do crédito para o consumidor; a proteção ao PIX; evolução do E-commerce; e a enorme escassez de mão-de-obra qualificada.

Cenário local/regional: primeiro ano do novo governo municipal; cumprimento dos compromissos assumidos pelo novo prefeito durante a campanha; o tão esperado fim das obras de corredores de ônibus e de galerias pluviais na Av. Nove de Julho e no Centro; revisão total do Programa Ribeirão Mobilidade; polêmica do Novo Centro Administrativo; ações de qualificação da mão-de-obra na cidade e região; o desempenho do setor sucroenergético com a alta do dólar (que torna a safra mais açucareira em vez de alcooleira); e a união de forças das entidades setoriais em prol do desenvolvimento socioeconômico da Cadeia Produtiva Local (CPL).

Da Redação.

Foto: Ribeirão Capital.

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